Entardecer do meu rio Jacuí...

Entardecer do meu rio Jacuí...
.. posso te afirmar que ¨contar histórias é trazer à baila, trazer à tona¨. Não é uma atividade inútil. Embora haja intercâmbio de histórias, quando duas pessoas trocam histórias como presentes mútuos, na maior parte dos casos elas chegaram a se conhecer bem.Alguns deitaram com a história e descobriram dentro de si mesmos e em profundidade todas as partes que se harmonizavam. Ao lidarmos com palavras e histórias estamos trabalhando com energia arquetípica, que é muito similar com a eletricidade.
Bem-vindo!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Supostas perdas




Ninguém perde ninguém.
Nós também, não deixaremos de ser quando julgarem que já somos. Em algum lugar estaremos.
Na platéia, angustiado, procuras o que não tens. Choras. Tentas encontrar forças. Rezas lástimas. Olha retratos. Na memória, frases que amores distantes escreveram.. Introjetadas, volta e meia, retornam. Tangidos pela misericórdia divina, são pedaços do todo voltando na afirmação de não terem sido.
Por que pensamos em perdas de amor?
Porque é humano.
Olha nos bastidores da tua mente, teus amores estão lá, intocados. Ao lado Dele. Velando por ti. Por nós. Quando só pensamos nas perdas, momentaneamente esquecemos de Deus.
Por que estranhos caminhos Deus nos leva?
Na verdade, se desejamos sobreviver, e desejamos, há que insistir. Quanto mais longa e penosa for a caminhada, maior deverá ser a reserva de energias. E, nesta hora, é imprescindível que tenhamos fé. Ele traça o melhor rumo.
Viver é ser grato a Deus. Lamentar-se é morrer todos os dias. Há nova vida em cada amanhecer e, mesmo morrendo, nascemos, uma vez mais, para a eternidade.
Enquanto nossos passos avançam rumo ao amanhã, o cortejo de quantos chegaram lá, aumenta.
Amigos mortos? Não os vejo assim.
Contam histórias. Mostram rastros dos momentos felizes e dos nem tanto. Espargem luzes. Guardam rotas. Clareiam a estrada.
Jesus marca o antes e o depois. Contaram tempo. Os outros. Ele não.
Quem sabe ser finita a vida, nunca a existência, agradece a bagagem de cada ano. Tens a idade da vida. E, se fores sábio, vivendo o teu dia sem choques interiores gastando insuspeitadas forças, o tempo não contará.
Somos eternos fins e imparáveis recomeços. Nascer, significa acordar para a finitude. Morrer, desabrochar para o amanhã.
Somos pequenos ante os desígnios do Criador. Frente ao que está determinado, nada resta, salvo a submissão respeitosa.
E assim, também, devemos terminar a tarefa do dia. Batidos, cansados, exigidos em todas as nossas reservas, mas mobilizados em prece.
Amanhã será outro dia.


( Uma homenagem simples, mas de coração aos amigos que partiram).