Entardecer do meu rio Jacuí...

Entardecer do meu rio Jacuí...
.. posso te afirmar que ¨contar histórias é trazer à baila, trazer à tona¨. Não é uma atividade inútil. Embora haja intercâmbio de histórias, quando duas pessoas trocam histórias como presentes mútuos, na maior parte dos casos elas chegaram a se conhecer bem.Alguns deitaram com a história e descobriram dentro de si mesmos e em profundidade todas as partes que se harmonizavam. Ao lidarmos com palavras e histórias estamos trabalhando com energia arquetípica, que é muito similar com a eletricidade.
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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Dormindo com o inimigo




Enquanto Débora me falava, eu notava certo alívio em suas feições. Inchada de chorar relatava o final de sua relação amorosa com João Antônio. João, o psicopata.
Impressionante o número de histórias que envolvem mentes doentias. Quem não viveu esse filme de terror? No início de qualquer relacionamento todos nós tentamos esconder aquele lado “um tanto sombrio”, mostrando apenas o que temos de melhor. Para os psicopatas isso também não é diferente. Eles tendem a impressionar suas vítimas com elogios. São gentis e sedutores. Geralmente tecem histórias falsas sobre seu status social ou financeiro. Devemos acender uma luz amarela quando tudo parece ser tão bom. Sugiro que se avalie muito bem quem é a pessoa com quem você está lidando. Procure saber mais sobre seus familiares, amigos, projetos futuros, emprego, residência. Eles geralmente dão respostas vagas. Inconsistentes ou evasivas. Eles gostam de dar elogios e são bajuladores.
Essas mentes doentias são craques em explorar nosso lado mais vulnerável. Identificam “feridas” e depois as usam contra nós. Eles não amam seus parceiros, os possuem como uma mercadoria ou um troféu com os quais reforçam seus desejos de manipulação, controle e poder. Da mesma forma pais de filhos psicopatas sofrem e se culpam por que se sentem responsáveis pelo desenvolvimento da personalidade de seus filhos. Filhos psicopatas se utilizam muito do jogo de culpa.
As relações afetivas hoje não são mais as mesmas, mudaram com o tempo, transformando o conceito de amor. O conceito antigo de que uma pessoa possa ser a nossa felicidade nasce com o romantismo, mas neste século não tem mais lugar. Não somos metades em busca de outra para sermos completos. A nova palavra hoje é parceria. É muito diferente desejar e precisar. Eu gosto , me sinto bem, me dá paz, mas não preciso. As pessoas não são metades, são inteiras. Não é uma questão de presunção ou egoísmo. O egoísta necessita da energia do outro, mas não ama. Hoje muitas pessoas optam por estarem sós. Quanto mais você for competente sozinho, mais preparado estará para viver com o outro.
Na solidão, a pessoa entende que a paz e a harmonia do espírito podem ser encontradas dentro dela mesma e não do outro.